18/08/20 | São Paulo
A Justiça do Trabalho em Mato Grosso possui nove unidades com geração de energia solar em operação. As varas do trabalho de Água Boa e de Primavera do Leste foram as mais recentes a receber a instalação dos painéis fotovoltaicos e se tornar autossuficientes na produção de energia.
Juntos, os sistemas já instalados deverão resultar em uma economia de aproximadamente R$ 640 mil reais por ano.
Segundo a chefe de Seção de Engenharia do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT), Fernanda Leles, já foi contratada a instalação dos sistemas fotovoltaicos para 17 unidades. "Nove deles já estão em operação e outros seis em fase de conclusão”, explicou.
As próximas unidades serão os fóruns trabalhistas de Rondonópolis e de Jaciara. A empresa responsável deve começar a elaborar os projetos e solicitar a aprovação da distribuidora. A intenção é que a instalação seja realizada ainda este ano. “Também estamos com uma licitação agendada e que contempla os demais prédios. Vamos fazer a contratação e execução conforme a possibilidade de instalação”, explicou Leles.
Além dos impactos positivos para o meio ambiente, por ser considerada uma fonte renovável de energia, a chefe da seção ressaltou que os painéis solares têm vida útil de 25 anos e demandam pouca manutenção. “A gente passa a produzir a nossa própria energia, então, não pagamos a tarifa para distribuidora. Do ponto de vista ambiental, ao gerar a energia próxima de onde ela será consumida, a gente colabora para que não seja necessário ampliar o sistema de geração como um todo, com grandes usinas, e com toda questão da transmissão e distribuição de energia”, acrescentou.
Economia
A implantação de painéis fotovoltaicos busca reduzir o impacto das contas de energia nas despesas de custeio da Justiça do Trabalho em Mato Grosso. A medida é importante, em especial, por conta da emenda constitucional que limita os gastos públicos.
Além das unidades de Água Boa e de Primavera, já possuem usinas de geração solar as unidades de Várzea Grande, Tangará da Serra, Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Peixoto de Azevedo.
Os sistemas produzem quase 700 mil quilowatts por ano, quantia suficiente para abastecer 145 casas com consumo médio mensal de 400 quilowatts. “Com relação ao custo-benefício da instalação dos sistemas, a gente estima que ele se pague em aproximadamente três anos. Então, depois desse período, eles são apenas benefícios”, afirmou a servidora.
A perspectiva do TRT é economizar cerca de 1 milhão de reais por ano com a instalação das 17 unidades já contratadas. Segundo a engenheira, o investimento foi de cerca de 3,2 milhões de reais. “Juntos, esses sistemas vão gerar, aproximadamente, 39% do consumo total do TRT 23”, concluiu.