16/10/17 | São Paulo
São Paulo já produz gás natural em boa quantidade, falta apenas distribuir. Essa é a conclusão de técnicos do setor, reunidos na segunda-feira (9/10), em evento na Assembleia Legislativa que contou com a participação de representantes da Petrobras na Bacia de Santos, convidados a apresentar os resultados do plano de gestão da estatal até 2021.
Os números da produção de gás natural no Estado mostram crescimento significativo. Mas, de acordo com Osvaldo Kawakami, gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da empresa em Santos, o que falta para o gás chegar de forma efetiva à população é a infraestrutura.
“Para nós, a distribuição do gás está restrita por conta disso”. Apesar da limitação, discorreu positivamente sobre a construção de um centro tecnológico para pesquisas no setor, envolvendo as universidades paulistas, entre elas a Unesp. As pesquisas serão voltadas para o pré-sal.
Destaque nacional
São Paulo já se tornou o segundo maior produtor de gás natural do País. “Se não tivermos uma política de incentivo e fomento à utilização, teremos essa fonte sobrando", opinou o presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento do Gás Natural no Estado de São Paulo, deputado João Caramez (PSDB). Por conta disso, a frente realizará brevemente audiência pública com o secretário estadual de Energia e Mineração para discutir investimentos na área do gás veicular.
Etanol de segunda geração
Os biocombustíveis de segunda geração, como o etanol celulósico, obtido da palha e do bagaço da cana-de-açúcar e conhecido como etanol de segunda geração, serão um dos temas discutidos no Brazilian BioEnergy Science and Technology Conference 2017, evento que ocorrerá entre os dias 17 e 19 de outubro, em Campos do Jordão. Esse tipo avançado de combustível já é produzido pela usina Raízen, em Piracicaba.
Mobilidade elétrica
Entre os dias 19 e 20, acontecerá na capital o primeiro Fórum Brasil-Alemanha de Mobilidade Elétrica, com o objetivo de disseminar o tema Mobilidade Elétrica no Brasil. Serão apresentados painéis para discutir o cenário nacional e oportunidades bilaterais de negócios no setor, além das principais tendências, oportunidades e desafios do mercado. Em paralelo, no segundo dia do evento, haverá a Feira de Boas Práticas, espaço para exibir ações inovadoras ligadas à mobilidade elétrica.
Energia solar
O crescente mercado de energia solar fotovoltaica criou uma cadeia de produção de componentes e equipamentos em Sorocaba e região, segundo mostrou o jornal Cruzeiro do Sul, da Rede APJ (Associação Paulista de Jornais). Para atender à demanda, a Companhia Brasileira de Alumínio inaugurou este ano o Centro de Soluções e Serviços em sua fábrica em Alumínio, de onde saem as molduras para painéis que abastecem a Canadian Solar, em Sorocaba, que se instalou no município em dezembro de 2016. Outras empresas instaladas na cidade que produzem componentes e sistemas para captação de energia solar são a ABB e a Prysmian (cabos). A CPFL é responsável por um dos primeiros parques solares do Brasil, de Tanquinho, em Campinas, cuja produção equivale ao abastecimento de 600 residências.
De vento em popa
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam que a geração de energia solar fotovoltaica no Brasil deve crescer em 2017 dez vezes em relação ao ano passado. Até dezembro, a previsão é de que o País chegará à marca de 1.000 megawatts (MW) de capacidade instalada, o que coloca o Brasil no grupo dos 30 principais geradores da fonte no mundo.
Inovação radical
O Centro de Tecnologia Metalúrgica e Materiais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) investiga uma liga para produção de superímãs (ímãs de alta potência) utilizados em turbinas eólicas, carros elétricos e discos rígidos de computador, entre outras aplicações, como a fabricação de tablets e celulares. O presidente do IPT, Fernando Landgraf, afirma que a ideia é “produzir coisas que o mundo ainda não descobriu”. A liga é feita a partir do processamento do óxido de neodímio, metal obtido a partir de minérios, que contém 17 elementos químicos conhecidos como terras-raras. O fato de o Brasil passar a dominar essa tecnologia representa um trunfo, segundo o engenheiro João Batista Ferreira Neto, do IPT. As pesquisas foram iniciadas a partir de uma necessidade do mercado, que foi sempre dominado pela China.
ICMS da cana
Uma melhor distribuição do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para os municípios que plantam cana-de-açúcar, como compensação financeira, é o objetivo de projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Ed Thomas (PSB). Em torno da causa, prefeitos e lideranças de municípios do oeste paulista se reuniram recentemente, em Presidente Venceslau.
Pepsico investe
A Pepsico e a agência Investe São Paulo anunciaram publicamente nesta segunda-feira (9/10) parceria para a expansão da fábrica de Sorocaba, responsável pela produção de cookies, snacks salgados, barras de cereal e bebidas lácteas.