Meirelles discute com MME a expansão da energia solar no Brasil em workshop na Fiesp

20/10/17 | São Paulo

Meio Filtrante 

O secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, participou nesta quarta-feira, 18 de outubro, do workshop Energia Solar Fotovoltaica no Brasil, promovido pela Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na sede da instituição.

Meirelles apresentou os projetos e ações que São Paulo vem realizando no setor e convocou as empresas a participarem ativamente da massificação da energiafotovoltaica. “A energia solar cresce fortemente em Paulo. Já temos empresas instaladas no estado que produzem painéis, incentivos para a indústria, mapeamos os potenciais e agora é a hora da iniciativa privada realizar a grande expansão dessa energia”, destacou Meirelles.

Entre os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo Governo de São Paulo no setor solar estão a geração distribuída em 51 mil casas populares construídas pela CDHU, em parceria com a Secretaria da Habitação e a instalação de painéis fotovoltaicos nas 5.349 escolas estaduais, com o apoio da Secretaria de Educação. Ambos os projetos terão as distribuidoras de energia como parceiras.

A expansão das fontes renováveis, entre elas a solar, deve ocorrer também em virtude do acordo de Paris, onde o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de CO2 em 45% em 2030, em relação a 2005.

O aumento da população e o incremento do consumo fará com que a demanda por energia elétrica aumente nos próximos anos. “Se mudarmos o consumo médio per capita de 2.500 para 3.500 kW teremos que ampliar em 45% a geração de energia nos próximos anos”, explica o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo.

Segundo levantamento do Ministério de Minas e Energia pouco mais de 1000 quilômetros quadrados seriam suficientes para atender o consumo nacional.

“Estamos trabalhando para realizar um leilão de energiasolar em 2020, o que ainda vai depender da demanda das concessionárias”, disse Azevedo.

O presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressaltou que não existem dificuldades técnicas para a introdução da energia solar na matriz energética nacional. “O Brasil tem duas vantagens para a introdução da energia solar que são o sistema interligado nacional e a grande participação das hidrelétricas que podem ser adequadas à utilização de fontes intermitentes”, explicou Sauaia.

A energia solar ainda representa uma parcela pouco significativa da matriz elétrica brasileira. Os primeiros parques de geração centralizada já entraram em operação e a geração distribuída acaba de ultrapassar a marca de 100 MW instalados no Brasil.

O superintendente de Projetos de Geração da EPE, Thiago Vasconcelos Ferreira, disse que 574 projetos de usinas fotovoltaicas já estão cadastros no leilão A-4, que deverá ser realizado em dezembro pelo governo federal.

No período da tarde o workshop discutiu as Oportunidades de Financiamento para Solar Fotovoltaica, com o moderador: Ronaldo Koloszuk, Diretor da Divisão de Energia da FIESP; e os palestrantes: Marilene de Oliveira Ramos, Diretora de Infraestrutura, BNDES; Marcio Giannico, Chefe da Divisão de Project Finance, Banco do Brasil; Marcelo Girão Carneiro, Chefe da Divisão de Project Finance, Itaú BBA e Gabriel Ferreira, Diretor Executivo de Varejo, Banco Votorantim.

Já o painel 3: Desafios para a Cadeia Produtiva, contou com Ariosto Antunes Calau, Subsecretário para Assuntos Econômicos, MF; Igor Calvet, Secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, MDIC; Nelson Falcão, Executivo de Desenvolvimento de Negócios, FLEX e Adalberto Maluf, Diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos Negócios, BYD.