12/09/18 | São Paulo
Estudo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) mostrou que Minas Gerais é o estado com a maior potência instalada de geração de energia solar, com participação de 22,1% do total do País, que tem capacidade de geração de energia fotovoltaica de 350 megawatts (MW).
Para o presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, Minas lidera o ranking devido a três fatores. “O Estado tem a melhor legislação do segmento e os incentivos mais efetivos à geração de energia solar no Brasil. Isso ajuda a reduzir os impostos sobre equipamentos do setor e sobre a energia produzida; outro fator é a qualidade do recurso solar de Minas, em especial da região Norte; e, por último, a tarifa de energia elétrica mineira é uma das mais elevadas no Brasil”, pontuou.
De acordo com o levantamento, Minas Gerais lidera o ranking nacional de capacidade instalada de geração de energia solar, com potência de 78 MW e participação de 22,10% no total do Brasil. Depois, aparece o Rio Grande do Sul (14,1%), São Paulo (12,6%), Santa Catarina (7%) e Paraná (5,4%).
Segundo o mapeamento da ABSOLAR, a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das instalações do País.
Para o presidente da ABSOLAR, o crescimento de projetos de microgeração e minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica está sendo impulsionado por três fatores fundamentais. O primeiro é a redução de aproximadamente 80% no preço da energia solar fotovoltaica ao longo da última década. “Isso trouxe a energia solar para mais perto do bolso das famílias e do orçamento das empresas”, disse.
O segundo fator, continua Sauaia, é o forte aumento nas tarifas de energia elétrica e, por último, a pressão socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente e causas sustentáveis.
O Brasil possui hoje 37,1 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, 44,7 mil unidades consumidoras, e mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 76,7% do total.
Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços, com participação de 16,1%, depois, os consumidores rurais (3,8%), a indústria (2,5%), o poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).
Potência instalada – Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 43,3% do total no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (37,4%), indústrias (9,2%), consumidores rurais (6,5%), poder público (3,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,4%) e iluminação pública (0,02%). Em Minas, a distribuição é semelhante, segundo Sauaia.