14/06/18 | São Paulo
As mudanças ao Programa Fundo Clima, anunciadas esta semana pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representam um avanço memorável para a fonte solar fotovoltaica no Brasil. A declaração é do presidente executivo da Associação Brasileira de EnergiaSolar Fotovoltaica (ABSOLAR), Dr. Rodrigo Sauaia. Segundo ele, as novas condições de financiamento estão entre as mais competitivas do mercado para projetos de energia solar fotovoltaica.
“O BNDES confirmou financiamentos de até 80% dos sistemas solares fotovoltaicos com equipamentos novos produzidos no Brasil, com taxas de juros entre 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de amortização de até 12 anos e carência de até 2 anos. Estas condições posicionam o banco como uma das melhores opções atualmente disponíveis no Brasil para projetos solares fotovoltaicos e ainda ajudam a promover a cadeia produtiva nacional. Em 2014, a ABSOLAR trouxe pela primeira vez ao BNDES, uma proposta estruturada para linha de financiamento para pessoas físicas, pessoas jurídicas, produtores rurais, prefeituras e governos estaduais interessados em energia solar fotovoltaica. Hoje celebramos com muita alegria o lançamento das condições inovadoras do Programa Fundo Clima, que contribuirão para um País cada vez mais conectado ao Sol, fonte renovável, sustentável e que traz economia imediata aos consumidores”, comenta Sauaia.
O executivo esteve hoje em conversas com dirigentes do BNDES, destacando a importância da rápida implementação da medida junto aos bancos repassadores dos recursos. “O financiamento tem vigência imediata e será disponibilizado principalmente pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e por Bancos de Desenvolvimento Regionais e Estaduais, em todo o território nacional. No entanto, é fundamental que estes bancos regulamentem com rapidez a medida, para que a sociedade possa acessar o crédito. Apesar do anúncio positivo do BNDES, recebemos informações de nossos associados de que as agências bancárias ainda não estão operando as linhas por falta de regulamentação interna”, relata Sauaia.
Para a primeira fase do programa, que vigora até 28 de dezembro de 2018, estão disponíveis mais de R$ 300 milhões em recursos orçamentários já alocados pelo BNDES. Caso a demanda supere este valor, poderá ser realizada nova alocação ao programa. “Já é um começo, mas precisaremos de mais recursos para atender as expectativas da sociedade brasileira e para apoiar a cadeia produtiva nacional”, pondera Sauaia.
Pesquisa do Ibope Inteligência de 2017 apontou que 89% dos brasileiros gostaria de gerar energiarenovável em casa, mas hoje há sistemas solares fotovoltaicos em menos de 0,03% das unidades consumidoras do País. “A ABSOLAR recebeu informações de que o BNDES trabalha para incorporar aenergia solar fotovoltaica para pessoas físicas em outras linhas de financiamento do banco, além do Programa Fundo Clima. É uma necessidade para o setor e o mercado crescerem”, esclarece Sauaia.
Segundo Sauaia, o investimento em um sistema solar fotovoltaico é recuperado pelo consumidor em cinco a sete anos em média, usando equipamentos nacionais com garantia de performance de pelo menos 25 anos. Com as novas condições de financiamento do Programa Fundo Clima, os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais e públicos poderão investir na tecnologia sem usar recursos próprios e ainda pagarão pelos sistemas com a economia nos gastos com energia elétrica. “O modelo permitirá que os consumidores usem energia solar fotovoltaica sem tirar dinheiro do bolso e pagando com o orçamento que já possuem”, destaca o executivo.
Há um interesse cada vez maior da população, das empresas e também de gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e estacionamentos para gerar energia limpa e renovável. “O investimento em energia solar fotovoltaica tem hoje uma motivação muito mais econômico-financeira do que exclusivamente ambiental, à medida em que viabiliza boa redução de gasto, economia de dinheiro, e contribui na prática para a construção de um Brasil mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e qualificados”, conclui Sauaia.