29/06/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Canal Solar
Análise do NREL é baseada em mais de 3 mil publicações científicas que exploram o ciclo de vida das tecnologias
A alta na procura por painéis fotovoltaicos e baterias de íons de lítio aumentará à medida que os países buscam se afastar dos combustíveis fósseis e implementar mais energia limpa.
Por este motivo, o NREL (Laboratório Nacional de Energia Renovável) enfatiza a importância da criação de uma economia circular robusta para essas tecnologias para mitigar a demanda por matérias-primas e reduzir o desperdício e os impactos ambientais.
Segundo os pesquisadores do laboratório, as estratégias de economia circular também têm o potencial de criar empregos de energia limpa e abordar questões ambientais.
Estes insights resultam da última análise do NREL, baseada em mais de 3 mil publicações científicas que exploram o ciclo de vida das tecnologias mais comuns de baterias fotovoltaicas e de íons de lítio, incluindo materiais de partida, impactos ambientais e opções de fim de vida.
Acesse o estudo na íntegra Uma revisão crítica da economia circular para baterias de íons de lítio e módulos fotovoltaicos – status, desafios e oportunidades
De acordo com este estudo, alternativas à reciclagem podem ter um potencial inexplorado para construir uma economia circular eficaz para tecnologias solares fotovoltaicas e baterias reduzindo, assim, o uso de materiais virgens na fabricação, reutilizando-os em novas aplicações e prolongando a vida útil do produto.
A análise ainda aponta que essas ações podem fornecer novos caminhos para a construção de ciclos de vida sustentáveis do produto.
“Se você puder mantê-los como um produto funcional por mais tempo, é melhor que desconstruí-lo até os elementos que ocorrem durante a reciclagem. E quando um produto chega ao fim de sua vida útil, a reciclagem não é a única opção”, disse Garvin Heath, cientista ambiental sênior e analista de energia e membro distinto da equipe de pesquisa do NREL.
Heath ainda ressalta que o processo de desconstrução consome mais energia e gera mais emissões associadas de gases de efeito estufa para, em seguida, construir outro produto, do que manter o primeiro produto em uso por mais tempo.
O cientista ainda destaca que reciclar para recuperar os materiais usados ??nas tecnologias é preferível a descartá-los em um aterro sanitário, “mas se podemos pensar em projetar um produto para usar menos materiais para começar, ou materiais menos perigosos, essa deve ser a primeira estratégia”, analisa.
“As pessoas geralmente resumem o ciclo de vida do produto como pegar, fabricar, desperdiçar’”, avalia Heath. “A reciclagem tem recebido muita atenção porque aborda a parte de resíduos, mas existem maneiras de apoiar uma economia circular na parte e na parte também”, conclui.
Heath e o cientista Dwarakanath Ravikumar são os principais autores da 52ª Revisão Crítica anual da Associação de Gerenciamento de Ar e Resíduos, intitulada “Uma Revisão Crítica da Economia Circular para Baterias de Íons de Lítio e Módulos Fotovoltaicos – Status, Desafios e Oportunidades”. Seus coautores, também do NREL, são Brianna Hansen e Elaine Kupets.
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