Parques solares: uma tendência entre grandes empresas

20/09/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Canal Solar

Multinacionais de diversos ramos da economia têm apostado na construção de usinas fotovoltaicas no Brasil

A busca por soluções energéticas econômicas e sustentáveis por meio de fontes renováveis tem criado oportunidades de negócios e atraído cada vez mais os olhares de multinacionais para o Brasil, que vem investindo uma parcela significativa de seu patrimônio na construção de parques solares ou usinas de grande porte.

Na última sexta-feira (17), a BRF – uma multinacional brasileira do ramo alimentício, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão – anunciou a construção de um parque solar nas cidades de Mauriti e Milagres, no Ceará, com capacidade instalada de 320 MW.

O início das operações está previsto para 2024 e o projeto será desenvolvido por meio de uma parceria com a empresa Pontoon. O contrato assinado entre as duas companhias tem prazo de 15 anos e o investimento estimado é de R$ 1,1 bilhão.

Ao todo, o empreendimento contará com 1.170 hectares e 600 mil painéis solares instalados. “Vamos atingir 88% de energia elétrica proveniente de fontes limpas e renováveis no Brasil. As iniciativas estão alinhadas à nossa estratégia de sustentabilidade e planejamento”, informou a multinacional, em nota divulgada nas redes sociais.

Em julho deste ano, foi a Shell que deu um importante passo para a construção do seu primeiro parque solar no Brasil. A petroleira assinou um termo de cooperação com a produtora de aço Gerdau para o desenvolvimento de uma usina fotovoltaica de 190 MW.

Denominada de Aquarii, a planta será construída no município de Brasilândia de Minas (MG) e fornecerá parte da energia para as unidades de fabricação da Gerdau. O restante será disponibilizado no mercado livre, a partir de 2024, segundo a Shell.

Outro exemplo de multinacional que decidiu investir na construção de usinas solares no Brasil foi a companhia chinesa Huawei, que vai abastecer gratuitamente boa parte da população de São Félix do Jalapão (TO) até o final de 2022.

A empresa acredita que, em três ou quatro anos, todo o município estará usufruindo a energia A construção da planta ocupará cerca de quatro hectares da cidade e deve gerar dezenas de empregos na região.