Pesquisadoras da Fotovoltaica-UFSC participam de campanha para incentivar meninas a atuar em energias renováveis

09/12/20 | São Paulo

UFSC 

Com o intuito de incentivar meninas e adolescentes a seguirem profissões na área de energias renováveis, a Rede de Mulheres na Energia Solar (Rede MESol) iniciou na última quarta-feira, 2 de dezembro, nas redes sociais, a campanha “Mulheres de Energia”. O material produzido com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ – GmbH, e seus parceiros Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério da Educação (MEC) faz parte das atividades do projeto Sistemas de Energia do Futuro, que tem como uma de suas linhas de atuação a capacitação profissional na área de energias renováveis e eficiência energética, por meio da iniciativa Profissionais para Energias do Futuro.

Em 2019, o Brasil ocupava a 8° posição no ranking mundial dos países que mais empregam na área de energia solar, com cerca de 43 mil pessoas trabalhando no setor. No entanto, apesar do crescente aumento de empregos no setor de renováveis em todo o mundo, a atuação masculina ainda é predominante. Segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), apenas 32% dos postos de trabalho do setor de energia renovável mundial são ocupados por mulheres.

“A baixa representação de mulheres influencia jovens a não escolherem profissões na área de renováveis e a campanha vem preencher essa lacuna, pois apresenta exemplos reais que podem inspirar jovens a se dedicarem a essa área do conhecimento”, afirma Natalia Chaves, da MESol.

Além de contar com o depoimento de alunas do ensino médio, um vídeo produzido especialmente para esta campanha apresenta profissionais de diversas áreas que atuam em diferentes centros de pesquisa e ensino e empresas de energia solar fotovoltaica do Brasil: Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (Fotovoltaica-UFSC), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), SENAI-RN, SESI, Ideal Estudos e Soluções Solares (IESS) e Conexão Solar.

A transição para uma matriz energética mais sustentável abriu espaço para novas tecnologias e hoje a energia solar fotovoltaica está em franco crescimento, com oportunidades de empregos e negócios surgindo a cada dia. “Poder participar direta e indiretamente da vida de muitas dessas que estão buscando esse setor e mudando a sua história é minha missão de vida.”, afirma Jeane Kelly de Oliveira Ribeir, instrutora em Formação Profissional do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis, professora do SENAI Rio Grande do Norte e de física e matemática no ensino médio.

Essa transição exige uma mudança nas organizações em termos de gestão, liderança e desenvolvimento pessoal. Uma força de trabalho diversificada oferece melhores resultados, não apenas aumentando a criatividade e potencial de inovação, mas também proporcionando melhores tomadas de decisão e, consequentemente, maior lucratividade. “O crescimento das energias renováveis no Brasil depende de trabalhadores com formação profissional qualificada. Incentivar que mais mulheres se capacitem para atuar no setor é garantir que a matriz energética brasileira seja diversificada não só com as fontes, mas também com a força de trabalho, resultando em progresso e crescimento econômico do setor. Esse objetivo está totalmente alinhado ao Programa EnergIF do Ministério da Educação” afirma Marco Juliatto, Coordenador Nacional do EnergIF.