18/07/16 | São Paulo
Folha de S.Paulo
A Petrobras colocou em funcionamento na semana passada seis comitês técnicos que vão obrigatoriamente assessorar seus diretores. O objetivo é aumentar o controle e dificultar crimes como os apontados pela Lava Jato.
Formados por cinco ou sete funcionários da Petrobras, os comitês são estatutários. Os grupos têm a responsabilidade de avaliar e recomendar a aprovação ou não de tudo o que chega para a decisão individual das diretorias.
Os atuais diretores da empresa só decidirão sozinhos os assuntos administrativos, como férias e viagens internacionais, ou o cumprimento de decisões judiciais.
O restante terá de passar pelos seis comitês recém-estabelecidos na companhia.
Os participantes desses conselhos respondem pessoalmente pelas recomendações feitas. A decisão de reduzir o poder das diretorias já havia sido tomada na gestão anterior em janeiro.
"Qualquer projeto tem de passar por um colegiado de pessoas que não se reportam só a mim", diz João Elek, diretor de governança e risco da Petrobras. "Posso achar meu plano brilhante, mas se o comitê vir problema, o projeto terá de ser mudado."