Piauí aposta na geração de energia solar como alternativa para crise energética

09/09/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Portal do Governo do Estado do Piauí

Por meio de uma PPP, estão sendo construídas oito miniusinas de energia solar fotovoltaica que vão impulsionar mais ainda o Piauí como referência nacional em energia limpa e boas práticas ao meio ambiente.

O Brasil vive a segunda grande crise energética em 20 anos e a energia solar é considerada a melhor solução para evitar um colapso total na matriz energética. Segundo estudo da consultoria Bloomberg New Energy Finance, daqui a 20 anos, cerca de 32% da energia nacional virá do sol, enquanto a hidrelétrica cairá para 30%. Visando contribuir para esta eficiência energética, o Governo do Piauí está implantando, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), oito miniusinas de energia solar fotovoltaica no estado.

O Piauí foi líder na capacidade de produção de energia solar em todo o Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a potência das usinas de energia fotovoltaica instaladas em território piauiense passou de 1.033,76 MWh em maio deste ano. Isso comprova a potencialidade do Piauí no aproveitamento de recursos naturais, tendo em vista que há ainda muitas usinas prestes a entrarem em operação e outras a serem construídas, entre elas, as oito miniusinas fotovoltaicas da PPP de Energia Limpa contratada pela Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc).

Esses equipamentos vão trabalhar na utilização da luz do sol para produzir eletricidade em alta tensão para distribuição e abastecimento de oito órgãos do Governo do Estado. Por possuir uma fonte de energia renovável, a produção das miniusinas ocorre sem queima de combustíveis fósseis – aqueles responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e agravamento do nível de poluição. Estima-se que, em 25 anos, a utilização da energia solar impedirá que mais de 100 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera.

Outro ponto que coloca as usinas de energia solar como melhor opção é a facilidade e rapidez na sua construção, e a necessidade de manutenção é mínima em comparação com outros tipos, como as hidrelétricas. Um dos pontos inovadores das miniusinas no Piauí é que elas utilizarão a tecnologia de tracker. Esse equipamento corrige o ângulo dos painéis diversas vezes durante o dia para acompanhar o movimento do sol, fazendo com que a produção de energia seja maximizada. Com isso, a produção de energia é cerca de 30% maior.

Altos, Campo Maior e Coivaras são algumas das cidades que vão sediar as instalações. A PPP de Energia Limpa vai gerar um total de 5,2 milhões quilowatts por mês. Para efeitos de comparação, o consumo mensal de energia para manter corredores, fontes, banheiros e espaços comuns do maior shopping do Brasil é de cerca de 1 milhão de quilowatts.

Três empresas são responsáveis pela construção, operação, manutenção e gestão das miniusinas: Brenge Par, GM Energia e Energia Sustentável do Piauí. A Brenge Par é uma empresa que já desenvolveu mais de 7GW de empreendimentos de geração no Brasil e trabalha em parceria com investidores como o GNPW Group, que já conquistou cerca de 43% dos projetos vencedores dos Leilões de Energia Nova por disponibilidade realizados nos períodos de 2005 a 2016. Já, a GM conta com quadro técnico especializado com mais de 40 anos de experiência em obras e operação de usinas hidrelétricas, eólicas, térmicas e solares.