Prefeitura do Recife faz balanço da COP26 e monitora ações sustentáveis no Recife

15/12/21 | São Paulo

Reportagem publicada pela Prefeitura do Recife

Reunião conjunta do Comclima e do Geclima avaliou conquistas na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, avanços do Plano Local de Ações Climáticas (PLAC) e a construção de um novo inventário de gases do efeito estufa. (Foto: Brenda Alcântara)

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), realizou, nesta quarta-feira (15), uma reunião conjunta com o GECLIMA- Grupo Executivo de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas do Recife e o COMCLIMA – Comitê de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas do Recife. O encontro virtual contou com a participação da vice-prefeita Isabella de Roldão e do secretário da SMAS, Carlos Ribeiro. Na ocasião, foram abordadas as seguintes pautas: a participação do Recife na COP26 e perspectivas para a Cidade; o Sistema de Monitoramento do PLAC (Plano Local de Ação Climática do Recife) e os preparativos para o IV Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da cidade.

A vice-prefeita Isabella de Roldão fez um relato da sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, em novembro. “Uma grande conquista foi o apoio do Global Solar Council e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) para o projeto de geração de energia solar em mais de 300 creches e escolas municipais do Recife, articulada pelo prefeito João Campos na primeira semana da COP26. Também conseguimos o aval do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para o Recife se inscrever em seu Fundo Verde para o Clima. Isso pode permitir à cidade o acesso a US$ 2 milhões para realizar projetos de preparação para as mudanças climáticas. Além disso, assumimos alguns compromissos, como a Carta de Edimburg. A assinatura ratifica o compromisso pela redução da emissão de gases do efeito estufa e proteção da biodiversidade do Recife”, comentou Isabella. “A participação em painel do ICLEI para intercambiar experiências de Economia Circular foi uma troca rica com gestoras e gestores de outras cidades do mundo, como a prefeita de Turku (Finlândia), Minna Arve; Kelly King, do Condado de Maui (Havaí), e o prefeito de Niterói, Axel Grael, uma troca de experiência de suma importância”, complementou a vice-prefeita.

Isabella ainda anunciou que Recife sediará a primeira edição do Encontro Nacional do ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade, marcado para março de 2022 e, no mesmo período, ainda abrigará a Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol) e o Encontro Latino-Americano da ISWA – Associação Internacional de Resíduos.

Outra pauta abordada foi o monitoramento das ações do Plano Local de Ação Climática do Recife. Marcos Araújo, gerente de ações e estratégias climáticas da SMAS, apresentou a dinâmica dessa iniciativa e explicou que cada secretaria municipal têm metas a serem cumpridas com com o objetivo de construir uma trajetória de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) e melhorar a adaptação e a mitigação da cidade às mudanças do clima. As metas traçadas são de curto, médio e longo prazo para que a cidade possa cumprir o compromisso da neutralização do carbono até o ano de 2050, em conformidade com o Acordo de Paris. O PLAC reúne ações nos eixos de Mobilidade, Saneamento, Energia e Resiliência.

Para finalizar, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Ribeiro, informou que Recife está elaborando o IV Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Recife. O documento vai elencar as principais fontes emissoras de gases poluentes da cidade e identificar o perfil de emissões de GEE da capital pernambucana de 2020. A metodologia básica a ser utilizada para o novo inventário será a aprovada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas, o que permitirá comparação dos resultados com outras cidades do mundo.

“A elaboração de um Inventário de Emissão de GEE – e suas subsequentes atualizações, que devem ocorrer periodicamente – servem para entender de onde se originam as contribuições de emissões no município, em quais setores estas ocorrem e quais suas características. Também serve como base para que se estabeleçam metas e estratégias locais de redução, bem como orientar investimentos, ações específicas e políticas possíveis para estimular uma economia mais eficiente e sustentável”, esclareceu Ribeiro.

COMCLIMA e GECLIMA

O COMCLIMA e o GECLIMA foram instituídos pelo Decreto nº 27.343/2013. O COMCLIMA é composto por representantes da Administração Pública Municipal, Estadual, Federal, setor privado, Academia e sociedade civil, sendo um foro decisório que tem a finalidade de debater, compartilhar informações e subsidiar o Município na formulação e desenvolvimento das ações de Sustentabilidade, redução das emissões de gases de efeito estufa e mecanismos de adaptação aos efeitos da mudança do clima. O GECLIMA, por sua vez, é formado exclusivamente por representantes da Administração Pública Municipal e tem como objetivos principais apresentar e discutir internamente as ações e projetos na área ambiental e subsidiar a gestão na tomada de decisões. O GECLIMA é presidido pela Vice-Prefeita, Isabella de Roldão.