23/10/17 | São Paulo
Jornal do Comércio
O primeiro no Rio Grande do Sul a receber as instalações será o Porto Trinidad, lançado no início do ano, em Novo Hamburgo. Ainda está prevista a implantação do sistema em dois lançamentos deste ano: Porto Canoas, em Canoas, e Porto Rio Grande, em Porto Alegre. Ao todo, a construtora tem previsão de instalar em pelo menos mais 18 empreendimentos futuros no Estado (incluindo Porto Canoas e Porto Rio Grande), sendo nove em Canoas, três em Porto Alegre, um em Gravataí, dois em Novo Hamburgo, dois em Caxias e um em São Leopoldo.
Para divulgar a ação, foi lançado um vídeo que destaca o investimento na energia limpa para ser veiculado em canais de TV fechada e mídias sociais. O material posiciona a empresa como a primeira construtora da América Latina a investir em energia solar fotovoltaica em larga escala, Conforme Rodrigo Resende, diretor de comunicação, marketing e vendas da MRV, ao agregar esse diferencial aos seus empreendimentos, a construtora beneficia não apenas seus clientes com a economia na conta de luz, mas a valorização do imóvel.
Brasil está atrasado 10 anos em investimentos
O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, afirma que o setor está em plena expansão em todo o mundo, inclusive no Brasil, mas que o País está atrasado pelo menos 10 anos nos investimentos em energia solar.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, destaca que o aumento da participação de energias renováveis na matriz do País está nos planos do governo. "Nos leilões de energia, vamos abrir oportunidade para a energia solar. Havia um conservadorismo do setor, causado pela tecnologia disponível na época, e o leilão era limitado à energia existente. Agora mudou, de seis meses há um ano, a gente consegue ter uma nova planta de energia solar. Entendemos que, nessa transição, é preciso respeitar o prazo e o modelo de negócio, que precisam ainda do apoio, mas, com certeza, a intenção é que o subsídio público tenha fim e, no final das contas, vai convergir para uma competitividade entre as fontes."
Para o presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, a proposta do governo federal vem ao encontro do que o setor deseja já há algum tempo, já que o modelo instituído em 2004 sofre um esgotamento, e é preciso aprimorar o modelo. "É relevante o fortalecimento das fontes renováveis, como a energia solar. Nós estamos bastante defasados com relação ao resto do mundo. Na minha avaliação, nos últimos dois anos, iríamos caminhar para recuperar esse posicionamento. Infelizmente, o País passa por uma crise econômica grave, e isso fez retardar esse processo de recuperação. Eu acho que as evoluções que estão sendo propostas nesse modelo vão caminhar na direção daquilo que é a missão principal do operador, que é assegurar o abastecimento e energia, com segurança, mas também com preços que tanto a indústria, o comércio e a população conseguem pagar."
Barata lembra que a diversificação de fontes e a busca por energia renovável são uma tendência no mundo todo.