R$ 60 bilhões serão investidos até 2027 no sistema de geração distribuída

06/09/19 | São Paulo

Ministério de Minas e Energia

A geração distribuída pode atingir 12 GW em capacidade instalada. Com R$ 60 bilhões em investimentos, a estimativa é que 1,35 milhão de novos adotantes do sistema de micro ou minigeração distribuída até 2027. Os dados foram apresentados ontem, 27, pelo Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, durante 5ª edição da InterSolar South America, maior feira da América do Sul para o setor solar, realizada em São Paulo.

Em 2018, o Brasil foi o 11º país em expansão de potência instalada de energia solar fotovoltaica, com 1,2 GW, elevando o total para 2,3 GW. Para 2027, os estudos do Planejamento Decenal de Expansão de Energia 2027 (PDE 2027) mostram que a capacidade instalada de energia solar chega a 18,1 GW, sendo 8,8 GW centralizados e 9,3 GW de geração distribuída.

Com 164 GW de potencial teórico de geração distribuída, alternativas para expansão da geração também foram apresentadas pelo Secretário no evento. O Projeto de Integração do Rio São Francisco com operação integrada solar/hidroelétrica, irá contribuir para a expansão prevista. Neste projeto, o objetivo é garantir a segurança hídrica a 12 milhões de habitantes em 390 municípios, nos estados de Pernambuco (PE), Ceará (CE), Paraíba (PB) e Rio Grande do Norte (RN). O total de investimento esperado com o projeto é de R$ 15 bilhões. A geração de 50 mil empregos durante a instalação também é esperada.

O PDE 2027 também aponta que a oferta de energia total do Brasil subirá de 293 para 367 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo). Com isso, a estimativa é que 47% sejam de fontes renováveis contra os 45% atuais. Para a oferta de energia elétrica, haverá uma expansão de 624 para 889 TWh no período, sendo que as fontes renováveis ficarão com  87% do total,  contra o indicador atual de 83% .

Também participaram do painel o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri, o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, e o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia.