Reajustes tarifários impulsionam busca por energia solar

26/04/22 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Canal Solar

No Ceará, por exemplo, houve um aumento de quase 25% na conta de luz

Desde o começo do ano, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) tem aprovado reajustes tarifários que variam de 7% a 24% nas contas de luz dos brasileiros.

Na semana passada, por exemplo, a medida elevou em 24,85% a conta de energia no Ceará. Outros dois estados também sofreram com a alta: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com reajuste de até 22%.

Em meio a este cenário, fontes alternativas como a energia solar fotovoltaica tem sido a opção para quem busca redução de gastos com eletricidade.

Segundo Mário Viana, gerente comercial da Sou Energy, um consumidor que ainda compra energia é semelhante a alguém que mora de aluguel: vai passar anos pagando por algo que nunca será seu. Em contrapartida, quem adquire um gerador é como alguém que decidiu pagar para morar em algo que será seu.

“Imagine que agora, quem tem um sistema fotovoltaico, que produz sua própria energia, consegue ficar mais tranquilo no que consome em casa, porque não está mais puxando essa eletricidade direto da rede”, disse.

“As placas solares estão captando a luz do sol e transformando em energia. Isso reduz em até 95% o valor do que o cliente paga para as distribuidoras, por exemplo”, ressaltou Viana.

De acordo com ele, um consumidor pode adquirir o seu próprio gerador de energia a partir de R$ 15 mil reais. “Um sistema pode ser pago em até 12 vezes sem juros no cartão de crédito, e dependendo da empresa, pode ser feito em até 4 cartões de créditos – não ser do mesmo titular – ou mesmo financiado em até 10 anos”.

O especialista ressaltou ainda que, para evitar dores de cabeça, é importante ter um cuidado extra na hora de adquirir um sistema fotovoltaico.

“Por ser um mercado que tem crescido bastante no Brasil, é preciso também procurar empresas sérias, que garantam a qualidade dos equipamentos”, enfatizou.

“Fique atento ao prazo de entrega, qualidade do material, tempo de garantia, e como será o contato com as empresas que farão a manutenção, se elas são de fácil acesso”, acrescentou.

Ceará: reajuste de 23,99% para consumidores residenciais B1 e de 24,85% para consumidores cativos nas tarifas da Enel Distribuição Ceará. A empresa atende a aproximadamente 3,8 milhões de unidades consumidoras no estado;

Bahia: reajuste de 20,73% para consumidores residenciais e de 21,13% para consumidores cativos nas tarifas da Coelba. A empresa é responsável pela distribuição de energia para cerca de 6,3 milhões de unidades consumidoras;

Rio Grande do Norte: reajuste de 19,87% para consumidores residenciais e de 20,36% para consumidores cativos da Neoenergia Cosern (Companhia Energética do RN). A empresa atende a 1,5 milhão de unidades consumidoras;

Sergipe: reajuste de 16,46% para consumidores residenciais e de 16,24% para consumidores cativos da Energisa Sergipe – Distribuidora de Energia S.A. (ESE). A companhia distribui energia a cerca de 825 mil unidades consumidoras.

Mato Grosso: reajuste de 20,36% para consumidores residenciais e de 22,55% para consumidores cativos nas tarifas da Energisa Mato Grosso. A empresa atende a em torno de 1,56 milhão de unidades consumidoras no estado;

Mato Grosso do Sul: reajuste de 16,83% para consumidores residenciais e de 18,16% para consumidores cativos nas tarifas da Energisa Mato Grosso do Sul. A empresa distribui energia a cerca de 1,08 milhão de unidades consumidoras.