17/05/17 | São Paulo
Portal Fator Brasil
A tecnologia é responsável por muitas das comodidades que experimentamos atualmente.
Algumas, no entanto, passaram a fazer parte do nosso cotidiano há tanto tempo que estão naturalizadas.
É assim, por exemplo, com a energia elétrica.
Ao longo dos anos esse recurso tão necessário foi evoluindo e, cada vez mais, é possível ter acesso a fontes renováveis e sustentáveis.
No final de um filme aguardado, no meio da noite ou no jogo de decisão de um campeonato, são nesses momentos em que a falta de energia elétrica mais é percebida.
Porém, a escassez desse bem precisa ser levada a sério, pois a produção como conhecemos atualmente, gerada principalmente por meio de hidrelétricas, corre sérios riscos.
Com alagamento de florestas, impactos consideráveis na fauna e flora, além da retirada de populações inteiras, a construção de usinas aponta para necessidade iminente de um novo projeto para a produção de energia.
Limpa, renovável e cada vez mais acessível, a energia solar deixa claro o potencial que possui.
Somente nos dois últimos anos a produção fotovoltaica teve incremento de 70% em todo o mundo.
Estima-se, inclusive, que 90% das unidades existentes foram instaladas nesse período.
É baseada nesse contexto que a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) acredita que até 2030 os projetos nessa área alcancem os 25 gigawatts.
Desse total, 68% corresponderiam a usinas de grande porte e o restante à geração distribuída em residências, edifícios comerciais e condomínios.
Com esses avanços, a expectativa é de que ocorra um aumento significativo nos percentuais referentes à matriz energética, passando dos modestos 0,02% de 2015 para 10% nos próximos 13 anos.
São várias as razões para esse crescimento tão significativo.
Entre eles, e talvez um dos mais relevantes, é o barateamento dos equipamentos.
Nos últimos dez anos, por exemplo, houve redução de 70% no preço de aquisição da energia solar.
Isto gera ainda outro dado positivo, a diminuição de tempo para retorno no investimento que antes era de 25 anos e agora é, em média, de somente oito.
São muitas as vantagens financeiras e ambientais ao se optar pela geração de energia solar.
Vivemos em um país com abundância de recursos naturais e que necessitam ser mais bem aproveitados.
Isso pode colocar o Brasil como uma referência internacional nessa área e, acima de tudo, mostrar que existem alternativas viáveis para o consumo consciente.
Por: Gilberto Vieira Filho, presidente da Quantum Engenharia.