25/08/20 | São Paulo
Um novo estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial mostrou que as fontes de energia solar e eólica devem continuar liderando as novas capacidades instaladas mundialmente até 2030.
A previsão é resultado do trabalho de especialistas convidados, que analisaram o histórico de preços para a construção de usinas elétricas, custos de operação e outros fatores.
Segundo o estudo, os custos da energia solar fotovoltaica estarão 50% mais baratos até 2030, enquanto os da energia eólica (costeira e marítima) cairão 25% e 50%, respectivamente.
Os especialistas também apontam como fator os ganhos de escala nos projetos, além das inovações que tornam as tecnologias de placas solares e aerogeradores cada vez mais eficientes.
A energia solar, que em muitos países já é a fonte mais barata para geração elétrica, deverá cair metade do seu preço durante a próxima década e ampliar essa liderança para o resto do mundo.
De acordo com os especialistas, isso será resultado dos avanços na fabricação de células solares, que aumentam sua eficiência ao mesmo tempo que reduzem o uso do Silício.
Além dos custos, o estudo levou em conta os impactos positivos dessas tecnologias sobre o setor elétrico e a sociedade em geral, que ampliam a competitividade das fontes solar e eólica.
Entre eles estão as emissões mais baixas de poluentes e o menor uso de água na fabricação, além da geração de empregos e a maior agilidade na implantação e ampliação de projetos.
Da mesma forma, o estudo mostra como o uso combinado da energia solar e eólica pode reduzir a sua intermitência individual na produção e contribuir para um setor de energia mais resiliente, sustentável e confiável.
Para que essa transformação ocorra, no entanto, os especialistas afirmam que será necessário o subsídio dos governos, além de políticas para reestruturação de seus setores elétricos.
Como os investimentos em redes elétricas inteligentes e sistemas de armazenamento, necessários para integrar uma implantação em larga escala da energia eólica e solar.
Após os impactos da pandemia sobre o setor elétrico global, os especialistas afirmam que agora é o momento de repensar o modelo, colocando as energias solar e eólica como aceleradoras da economia e líderes da transição energética sustentável.