Solar terá crescimento expressivo nos próximos anos, diz ONS

03/01/22 | São Paulo

Reportagem publicada pelo Canal Solar

Estudo aponta que a energia fotovoltaica mais que dobrará a capacidade instalada no horizonte 2021-2025

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apresentou, em reunião virtual, o PAR/PEL (Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo) do SIN (Sistema Interligado Nacional).

Entre os destaques desta edição está a indicação de que a energia fotovoltaica terá um crescimento percentual muito expressivo, mais do que dobrando a capacidade instalada no horizonte 2021-2025.

Para o final de 2025, por exemplo, estima-se que a capacidade do SIN totalizará 191,3 GW, sendo que 36 GW dessa quantia serão de usinas de geração eólica e fotovoltaica.

“Com a consideração das usinas com o Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) assinado e pareceres de acesso válidos ou em andamento no ONS, o montante de geração renovável chega a valores de 52,4 GW, sendo que a maior parcela da diferença, cerca de 13,2 GW, são de plantas solares”, disse o ONS em nota.

Nesse cenário, particularmente para as regiões Norte e Nordeste, a previsão é que a geração compulsória (inflexibilidades mais geração renovável) supere a carga local acrescida da capacidade dos grandes troncos de interligação, o que pode resultar em restrições de escoamento para o Sudeste/Centro-Oeste.

O que esperar do mercado solar em 2022?

A estimativa total dos aportes necessários para a execução das obras relacionadas no planejamento do ONS é de R$ 23,9 bilhões. Desse montante, R$ 16,3 bilhões correspondem a novas obras propostas somente neste ciclo do estudo.

Além disso, cerca de R$ 2,9 bilhões em investimentos são provenientes do leilão de transmissão nº 02/2021, realizado no dia 17 de dezembro. O conjunto de obras indicado representa 7.951 km de novas linhas de transmissão e 20.046 MVA de acréscimo de capacidade transformadora em subestações novas e existentes.

O relatório estima ainda um crescimento da demanda de 20% em 2026, quando comparado com a demanda máxima registrada em 2020. Segundo o ONS, essa alta observada não é coincidente – conceito usado especificamente para estimar demandas que acontecem em horários e meses diferentes.