16/09/21 | São Paulo
Reportagem publicada no InfoSolar
País vive a expectativa da realização de leilão de 5G, cuja aprovação do edital foi adiada pela Anatel nesta semana
A fonte solar poderá ajudar a viabilizar uma rede 5G no Brasil, abastecendo equipamentos de telecomunicações em locais sem conexão com a rede elétrica, explica o gerente de portfólio de energia da empresa de tecnologia Imagem Geosistemas, Augusto Carvalho.
Ele explica que a geração fotovoltaica aplicada em conjunto com sistemas de armazenamento torna desnecessário a extensão de linhas de distribuição para alimentar esse tipo de infraestrutura .
“Um ponto negativo das redes 5G é que cada torre tem um alcance bastante reduzido, sendo necessário a implantação de centenas de milhares, ou mesmo milhões de células para cobrir um país de dimensões continentais como o Brasil”, diz o gerente.
“Muitas vezes, os locais ideais para a colocação destes equipamentos de telecomunicação, sobretudo em zona rural, não são próximos de agregados populacionais, por exemplo, o alto de um monte. Uma pequena usina solar permite alimentar essa antena sem necessidade de estender a rede elétrica”, detalha Carvalho.
Ele destaca que a tecnologia fotovoltaica possui vida útil longa e baixa manutenção, cujo custo tem diminuído drasticamente nos últimos anos. Além disso, a geração solar oferece maior autonomia de energia, protegendo a instalação de desligamentos da rede e reduzindo custos de manutenção.
Leilão
O Brasil vive a expectativa da realização de um leilão de 5G. Na última segunda-feira (13/09), a conclusão da análise do edital do certame foi adiada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), alguns dias após aprovação do plenário do Tribunal de Contas da União (TCU).
Conforme a Anatel, atualmente apenas 9,71% do território brasileiro tem cobertura da tecnologia atual, o 4G, embora 81% da população tenha acesso à Internet.
