15/07/20 | São Paulo
Foram 83.235 novas conexões registradas no país nos primeiros seis meses do ano, totalizando mais de 1 GW (Gigawatt) de potência instalada.
Mesmo com a desaceleração provocada pela pandemia, o mercado solar brasileiro continua firme e apresentou forte crescimento no primeiro semestre do ano em relação a 2019.
Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o volume é ˜ 90,45% maior do que o instalado em 2019, quando foram conectados 43.703 novos sistemas à rede elétrica.
A maior parcela dos projetos continua entre os imóveis residenciais, que receberam mais de dois terços dos novos sistemas de energia fotovoltaica homologados no período.
Para esses consumidores, a tecnologia já se tornou a solução definitiva para acabar com as altas contas de luz e proteger o imóvel contra os aumentos no preço da energia.
Por sua vez, os projetos comerciais responderam pela maior potência instalada, cerca de 398 Megawatts (MW), devido ao maior porte desses sistemas.
Outro segmento de destaque é o rural, que registrou 6.322 novas conexões e uma potência instalada de 141,5 MW.
Com uma geração de energia 100% limpa, essa expansão da fotovoltaica também representa um impacto positivo ao meio ambiente e uma ajuda no combate às mudanças climáticas.
No total, o Brasil já possui mais de 260 mil telhados solares somando uma potência instalada acima de 3 GW, de acordo com os dados da Aneel.
Isso coloca a capacidade acumulada de micros e minigeradores solares acima da de grandes usinas solares no país.
Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), divulgado neste mês, são 2,931 GW de capacidade instalada em geração centralizada.
Embora ainda represente uma parcela pequena na matriz elétrica brasileira, a marca colocou o Brasil na 16ª posição do ranking mundial de energia solar, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).
Com um cenário favorável no Brasil, estima-se que a tecnologia mantenha a curva de crescimento em 2020 e seja um dos pilares da retomada econômica do país, assim como aconteceu nas crises econômicas de 2015 e 2016.