24/10/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Biomassa Bioenergia
Apesar de não haver riscos em termos de radiação ionizante, as micro-ondas geram um calor que deverá ser bem direcionado, para não interferir com satélites, aviação e pessoas.
A construção do pequeno protótipo que irá ao espaço exigiu dos membro do projeto obter inovações significativas em três áreas.
A primeira envolveu a construção de células fotovoltaicas ultraleves de alta eficiência, otimizadas para as condições do espaço e compatíveis com um sistema modular integrado de conversão e transmissão de energia.
A segunda consistiu na construção de estruturas dobráveis, ultrafinas e ultraleves, que possam ser empacotadas para serem enviadas ao espaço e se desdobrarem após o lançamento. Esse suporte também precisa conter os componentes necessários para converter, transmitir e direcionar a energia de radiofrequência para o solo.
Finalmente, a equipe desenvolveu a tecnologia leve e de baixo custo necessária para converter a eletricidade de corrente contínua em energia de radiofrequência e enviá-la para o solo na forma de micro-ondas.
Os pesquisadores garantem que processo é seguro porque se trata de radiação não-ionizante. Como, ainda assim, existem cuidados a serem tomados, o sistema pode ser desligado rapidamente em caso de danos ou mau funcionamento.
“Este conceito foi, no passado, verdadeiramente ficção científica. O que nos possibilitou considerar levá-lo do reino da ficção científica para o reino da realidade foi a combinação de desenvolvimentos que estão acontecendo em fotovoltaica, em estruturas e em transferência de energia sem fio. Percebemos que agora podemos buscar a energia solar espacial de uma maneira que está se tornando prática e econômica,” concluiu Hajimiri.
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