UFF vai implantar parque de energia em Iguaba Grande

20/02/22 | São Paulo

Reportagem publicada pelo O Fluminense

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), a pesquisa sobre a geração de energias sustentáveis ganhou destaque. Através de uma parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (SECTI/RJ), a UFF se prepara para a implantação de um grande parque de energia renovável que abrigará uma usina fotovoltaica, além de um centro de pesquisas sobre o tema. A usina será instalada no Núcleo Experimental de Iguaba Grande (NEIG/UFF), vinculado à Faculdade de Veterinária da Universidade e situado em Iguaba Grande, na Região dos Lagos.

O projeto conta com o apoio de pesquisadores de diversas áreas, entre eles professores dos departamentos de Engenharia Elétrica, Telecomunicações e Civil da UFF. Paralelamente, a rede de pesquisa tem interação com grupos da PUC-Rio, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Pará (UFPA), além da parceria internacional com a Universidad Politécnica de Madrid (UPM), da Espanha.

O reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, destaca que a Usina Fotovoltaica de Iguaba é um projeto de grande impacto científico, tecnológico, econômico, ambiental e social, cujo investimento inicial é de R$ 10 milhões através da Faperj. “Apresentamos a proposta para o secretário da SECTI/RJ, que aceitou com entusiasmo a parceria, compreendendo a abrangência do projeto. Nossa gestão tem estreitado a relação institucional com a secretaria articulando cooperações que contribuam para o desenvolvimento social e econômico do estado do Rio de Janeiro através de projetos científicos e tecnológicos ambientalmente responsáveis”, disse.

O professor Fábio Passos, vice-reitor da UFF, explicou que a vantagem da energia solar é ela ser uma fonte renovável, e a sua conversão por meio dos painéis fotovoltaicos possuir baixo impacto ambiental, quando comparada com outras fontes também renováveis, como a eólica e a hidráulica. Além disso, as placas solares podem ser instaladas próximas a centros urbanos, contribuindo para a descentralização da geração de energia elétrica, o que reduz os custos de transmissão e distribuição.

“O projeto prevê a construção da usina com uma produção inédita de energia renovável na região. Envolve a preparação do terreno e o licenciamento da obra, além da instalação de placas fotovoltaicas correspondentes a uma usina de um e meio megawatts na primeira fase de implantação, e projetadas para até cinco megawatts na segunda fase. Será criado também um laboratório de inovação aberto para estudos e pesquisas relacionadas a este tipo de geração de energia. Dessa forma, a usina contará com diferentes tecnologias de sistemas, permitindo a comparação de cada tipo em relação à eficiência na geração e aos respectivos custos de operação e manutenção”, detalhou Fábio.