Vela solar será testada pela NASA em 2022

23/07/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Canal Solar

Mecanismo vai ser utilizado como espécie de propulsor para viagens de longa duração de sondas espaciais

Uma das maiores dificuldades com relação às viagens espaciais é a questão da energia necessária para se colocar um foguete em órbita e permitir que ele siga o trajeto pelo cosmos.

Pensando nisso, a NASA anunciou que realizará uma missão, prevista para 2022, para testar uma tecnologia inovadora, que, além de superar tal dificuldade, é uma alternativa para substituir os combustíveis químicos e fontes nucleares dos foguetes tradicionais.

Trata-se da vela solar, que deverá ser utilizada como uma espécie de propulsora para viagens de longa duração de sondas espaciais. O projeto contará um sistema de hastes telescópicas, que se esticam no espaço para que o equipamento se abra.

Segundo a entidade, o mecanismo conseguirá impulsionar as naves, aproveitando a pressão de radiação da luz solar ou de um laser projetado à distância.

A vela solar é um tipo de propulsor que utiliza pressão de radiação para gerar aceleração. Elas são feitas de grandes espelhos membranosos de pouca massa que ganham momento linear ao refletirem fótons.

De acordo com a NASA, quando a mesma chegar ao espaço, abrirá seus painéis solares e estenderá quatro mastros telescópicos, que poderão atingir até 7 metros de comprimento cada.

Junto aos mastros, construídos com um material polimérico reforçado e flexível com fibra de carbono, também estará o tecido da vela fotovoltaica.

Ao total, esse processo de teste levará cerca de 20 a 30 minutos, onde um conjunto de câmeras a bordo filmarão o procedimento para avaliar o funcionamento do produto.

Após a vela estar totalmente aberta, a missão deverá realizar a coleta de uma série de dados sobre a velocidade e aceleração atingidas pela nave.

Os engenheiros da NASA calculam que a nova tecnologia poderá ser utilizada no futuro para velas fotovoltaicas de até 500 m². Enquanto isso, a equipe já está trabalhando em novas tecnologias que permitirão alcançar até 2 mil m².